quinta-feira, 24 de maio de 2012


Eu Perdi

Perdi um pedaço do tempo entre meus dedos
Perdi você e seu abraço
Perdi a luz perfeita do retrato no espelho
Perdi lembranças e momentos

Perdi a oportunidade calado
morri de desgosto
Talvez remórcio
eu no meu próprio velório
Perdi os meus passos
e me afundei no ódio

Perdi o brilho e as lágrimas
Perdi de ver a maré encher
Perdi a sombra das palmeiras
Perdi de ver o sol amanhacer

Eu as vezes venço, mas a derrotas...
as derrotas sempre nos marcam

Djalma Demétrio Jr. Pinda-SP, 24/05/2012

segunda-feira, 21 de maio de 2012


Eu a amo


...como sol que nasce
flores que se abrem
uma linda rosa vermelha a crescer


...bela como fim de tarde
seu corpo é arte
beleza que só existe em você


...sempre serena e suave
é jóia escarlate
atraente e delicada no amanhacer


mas tudo acaba quando você se vai
e você sabe o porque...                                  Djalma demetrio Jr. Pinda-SP, 01/02/2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012


Ver cinco louros
                     
Com olhar de ódio sobre coisas puras
Mentes burras querem domínio fácil.
Pena, não sabem que a vida é dura
E que ações honestas fortalecem os bravos.

Aos fracos que temem a coragem
A árvore da vida fertiliza a sábia mente
Que sente sede pelas palavras da verdade.
Quem as busca merece o conhecimento,
sendo contemplado.

Não é traído o que segue o caminho
Nem se desvia por atalhos
Pois, quem guiado pelo amor, segue,
as palavras sagradas ira guiá-lo.

Mas a raiva alimenta o ódio
E a vingança sempre amarga a alma
Mesmo que o sangue se limpe dos olhos
Tente buscar esperança no cosmos
A força está nos opostos
E no esperar surge à calma
E no amenizar surge na palma
Um objetivo lúcido e sólido

O melhor remédio é o tempo
Na calma, o engasgado perdão
Paciente, analise se esta certo
O certo é a voz do seu coração

domingo, 13 de maio de 2012


A Porta


A única porta que me leva ao corredor,
onde posso ver a velha árvore retorcida.
O céu azul vivo de sempre,
o vento que sopra do norte,
o espaço infinito sobre minha cabeça.
Estou a observar.

Eu aqui preso dentro dos cômodos
me acostumando ao silêncio,
me adaptando ao escuro e vazio
tendo que viver das lembranças do passado
e me aquecendo com a saudade
ou até por vezes a esperança.
Eu lembro.

Paredes ouvem e distorcem o que digo,
pensam, mas pensam errado.
Essas bocas com língua venenosa,
falam em amor
mas os corações dos abutres amam a carcaça
eu não sou caça, não sou caçador
apenas observo do corredor
a imensidão na qual nunca conhecerei
                                                                                     São Bento do Sapucaí-SP, Djalma Demétrio jr. 02/02/2011